domingo, 21 de agosto de 2011

A "DROGA" DA FESTA


Ainda com base num substitutivo do Projeto de Lei da vereadora Nilce Segalla, que cria regras para a realização de festas eletrônicas na cidade de Limeira,busco algumas respostas pertinentes não só a este tema,mas também às demais problemáticas relacionadas pela autora do projeto acerca do mesmo.

Fique claro que é válida a preocupação da vereadora com o bem estar da população, porém é necessária a luta pela igualdade de direitos entre os cidadãos, uma vez que criar parâmetros restritos a um setor gera a divisão da sociedade.


É certo e não há que se questionar, que o problema das drogas é um fato concreto na sociedade brasileira.O poder que determinadas substâncias tomaram sobre os indivíduos chega a ser assustador. Na era da informação ainda há os que se deixam levar pelos segundos de prazer que podem custar uma vida.


Contudo, vejo esta como uma problemática que abrange camadas sociais, étnicas e religiosas das mais distintas.Restringir a um segmento é, na minha opinião, o mesmo que classificar tais pessoas como causa do problema.

Vamos ao ponto chave, as drogas, sejam elas lícitas como bebidas alcoólicas e cigarros, ou ilícitas como o crack, todas trazem seu grau de malefícios a saúde.Estas drogas por sua vez, são encontradas em diversos ambientes, basta olharmos ao nosso redor.

É triste saber que estamos à mercê de substâncias mais fortes que a consciência humana. Porém se faz mais que necessário nos ater a essa questão e a causa dela. Medidas paliativas de combate e tratamento são fundamentais num primeiro momento. No entanto tais atos vão além da proibição de eventos, não se pode coibir um problema tão intenso com determinações e regras que inviabilizam a realização dos mesmos.

Se a preocupação mor da vereadora está na circulação dos entorpecentes, caberia então uma vasta averiguação em todos os setores de eventos da cidade, tendo em vista que esta é uma questão de bom senso e respeito pela diversidade de gostos.

A preocupação com o bem estar e segurança das famílias deve ser ampliada e estendida à esfera municipal passando pelos setores cabíveis. Uma vez que, a problemática das drogas é muito mais uma questão de consciência e educação, do que apenas um gosto musical.

Vivian Smanioto






Um comentário:

  1. Perfeito texto.
    A intenção da lei é boa, mas a proibição de raves é ineficiente e cria mais um capítulo na série de proibições em geral na cidade.

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