Que o futebol se encontra presente no DNA dos brasileiros, todos sabem. A paixão pelo time em campo se torna intensa. O país pára, todos ficam vidrados na TV, e cobram desesperadamente caso ocorra uma derrota. O lazer é essencial para uma boa qualidade de vida, porém, devemos colocar em cheque a diversão e aquilo que realmente afeta nossa realidade. Se cada brasileiro cobrasse dos políticos o mesmo que cobra no futebol, o Brasil seria muito melhor. Mas isso ainda é um mito.
Assim como na política, no futebol vemos devaneios, vide Ricardo Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), onde está sendo cassado por corrupção. Fora outros envolvidos. Política e futebol não são dois mundos distintos, ambos possuem conexão. O futebol com essa tamanha repercussão varia conforme as ações políticas. Um jogador sul-americano é comprado por bagatela seus direitos autorais, pelos “mercados futebolísticos” Europeus, se tornando grande máquina de gerar dinheiro. Da mesma forma, dirigentes eleitos democraticamente, usam da fama e prestígio que o esporte oferece, para se apropriarem do conceito de orgulho nacional e desviar problemas sociais do foco da população.
Não quero condenar o futebol em si, pois não podemos esquecer que já inspirou grandes movimentos na busca por ideais. Minha questão é questionar para qual finalidade ele é empregado hoje. Por que cargas d’água em período de Copa do Mundo todos são patriotas, e em questões de interesse da população, ficam cegos, surdos e mudos? Será mesmo que o lazer tenha algo de especial onde aquilo que afeta nosso bolso não tem? E será que ignorar seja o melhor caminho do que debater?
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